As Gestões
Democráticas
Lendo os textos sobre Gestão Democrática apresentados na
interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental e as reflexões dos colegas,
me pus a agradecer o fato de sempre ter trabalhado em uma escola onde isso é realidade.
Claro, pesa o fato de estar no
magistério há apenas 3 anos e na mesma escola, mas comecei a me imaginar trabalhando
em um ambiente diferente disso e não gostei nem um pouco do resultado.
Dever ser difícil para alguém que acredita na democracia, um professor que defende ter participação na
formação de um indivíduo crítico e autônomo, trabalhar em uma escola onde tudo
"funciona" na vertical, de cima para baixo, porque por mais que
dentro de nossas salas e com pequenos gestos e movimentos consigamos fazer valer nosso pensamento crítico, são bem poucas
e lentas as mudanças que se fazem necessárias para mudar este cenário.
Como na conversa com meu colega, ex-presidente do Conselho Escolar,
é duro ver que a atual gestão da educação em Porto Alegre vire as costas para
todo um trabalho construído no passado; as Gestões Democráticas nas escolas da
Rede, outrora exemplo mundial, sejam
hoje consideradas como desnecessárias ou insuficientes para tudo que ocorre dentro da escola.
Penso que a Gestão Democrática tenha sido uma conquista de todos nós: educadores,
alunos, comunidade escolar e a própria sociedade como um todo, e por ela
devemos lutar, pois se aprende pelo exemplo, que melhor ensinamento daremos a nossas crianças do que saber escutar ao outro, dividir responsabilidades
com seus pares e sermos autores e atores de nossa própria história?
Parabéns Jaqueline por tuas reflexões! Elas são fundamentadas em uma ação que é coerente com seus princípios, apesar de todo nosso contexto político atual, que tenta destruir toda e qualquer possibilidade de gestão democrática na Rede. Grande abraço, tutora Josele.
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