Penso ao reler a postagem que analiso agora: escrever baseada na teoria
é bem mais fácil escrever sobre o fato vivenciado.
No inicio deste ano foi informada pela
direção da escola que iria receber uma criança laudada com Altas habilidades,
claro que bateu um medinho. Corri para reler todos os textos da interdisciplina
de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais além de buscar
outros referenciais que me auxiliassem no trato com esta criança. O primeiro passo foi ler o laudo do
especialista e ver se a partir desta leitura eu pudesse identificar por onde começar
os estudos e possibilidades.
Admito que as leituras foram bem
esclarecedoras, mas nem se comparam ao fato de conhecer a criança e sua família,
durante a entrevista que diferentemente das outras durou certa de 1h30min, mas
principalmente de conhecer e conviver diariamente com ela.
Em um primeiro momento, a partir das informações
dos pais e na observação inicial das características apresentada pela criança, baseada
nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foram
definidas as primeiras estratégias de trabalho.
Passado alguns dias, reunimos a equipe para refletir
sobre o que havíamos planejado. Com a verificação dos registros de cada uma das
quatro educadoras da turma tivemos o seguinte cenário: a criança tem um
vocabulário avançado e riqueza verbal é independente e autônoma,possui uma
grande criatividade e imaginação, tem boa memória e curiosidade aguçada,
habilidade para lidar com situação imaginária entre outras especificidades. A
família enaltece, mas ao mesmo tempo cobra comportamento em relação a sua condição de altas habilidades.
Mas também chegamos à conclusão que esta criança
não sabe brincar, o que nos deixou bastante preocupadas, pois nesta idade, 4
anos, sua grande preocupação ao invés de falar corretamente o português deveria
saber brincar. E é esta agora nossa nova estratégia: fazer com que esta criança
aprenda a brincar e interagir com seus pares.
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