Se este é um espaço para reflexões, pensamentos, apontamentos e compartilhamento do que se passa em " Eu professora, eu estudante, eu EU"
Eu, exemplo!???
De repente tu estás no teu intervalo, chega uma colega , que foi tua
monitora no primeiro ano de escola e de profissão, e te diz:
“Pofê Jaque , tenho um pedido especial.”
Tu olha meio desconfiada e diz:
“ Fala mulher.”
Ela te olha e diz:
“Tu sabe, né pofê, que tu é uma das inspirações do meu TCC!
E queria muito que tu
respondesse este questionário.
Outras irão responder , mas tu tem que responder.”
Tu olha e diz:
“ Eu inspiração do que , guria.??!”
Ela te olha e diz:
“Meu trabalho é sobre a importância do afeto na
construção do conhecimento das crianças,
e tu foi uma das minhas inspirações.
Caí pra trás.... tentei até argumentar...”Eu!? Desde quando minha moleza
é exemplo.”
Ai, começamos uma bela
discussão.....e descobri que uma colega que muito me ajudou e ensinou me acha
exemplo de afetividade e que esta afetividade interferiu positivamente na
construção do conhecimentos de minha primeira turma como professora.
Senti muito orgulho do meu trabalho. O reconhecimento das crianças, que
vi retornar em novos conhecimentos, em uma aguçada curiosidade, em descobertas, eu claro já havia percebido,
mas esta fala da colega me deixou sim
muito orgulhosa de mim e de tudo que acredito ser a forma certa/ou a tentativa
certa de trabalhar com as “minhas” crianças.
As vezes me acho, ou sou levada a achar, que sou muito “ mole”, meio sem
voz ativa, meio “mãezona”, o lado terno da coisa toda , de estar tentada a achar
que cada criança tem o seu tempo até para “cumprir ordens”, e estes achares e
dúvidas foi o que realmente me motivaram
a enfrentar mais uma faculdade na esperança de que obtivesse se não
certeza, ao menos forte indícios de como fazer de forma correta o meu trabalho,
como desempenhar a função exigida da minha profissão de uma forma que eu viesse
sim a ajudar e a formar pessoas que lá mais para frente soubessem distinguir
seus caminhos, sabendo optar por aquilo que melhor lhes satisfazer as
incertezas e as conseqüências da vida, sabedora de seus direitos , mas também
de seu deveres, que tenham autonomia para tomar decisões e saber que isso , sempre, tem uma conseqüência , mas fazendo e
agindo de forma terna, de forma atenta e carinhosa consigo e com o outro.
Então tá né...lá vamos nós rasgar o verbo e responder as questões
colocadas...mas já avisei.....ainda não sei escrever palavras bonitas!
Olá! Lindo texto reflexivo! Demonstrou emoções e o papel da professora que você é e nem sempre percebe a dimensão profissional.
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