Edgar Morin
trata dos dois maiores desafios a serem vencidos para o conhecimento: o erro e
a ilusão. O texto aborda as razões da existência dos erros e das ilusões: a
própria natureza do ser humano evidencia as subjetividades, princípios e
valores que são sujeitos à interpretação individual regida pelo ego, onde
muitas vezes nos refugiamos buscando proteção ao erro e ao incerto. As visões
de mundo de cada um impedem que se construa uma racionalidade objetiva, livre
de julgamentos e pré-julgamentos. Um erro,
muitas vezes reforçado assertivamente, induz a novo erro e se torna um
paradigma, elaborado em premissas ilusórias, calcadas na perspectiva
reducionista do indivíduo que tende sempre a interpretar os fatos do mundo
centrado em seus próprios temores e desejos. A racionalidade desejável de se
construir é aquela que permite o diálogo e è aberta a diferentes ideias. É um
processo de construção, autocrítica e correção contínuos; e sempre vinculado à
afetividade, entenda-se aqui a capacidade de agir frente às diferenças de modo
autônomo, digno, tolerante e otimista.
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