O que Freud me ensinou...
As aprendizagens
sobre o desenvolvimento psicossexual das crianças segundo Freud, para mim
que pouco convívio tive ou tinha com crianças antes de entrar na profissão,
mesmo que de forma rápida, me permitiram olhar as crianças de uma forma mais
consciente do meu papel como educadora, responsável por seus aprendizados, mas também,
de uma forma responsável, na avaliação de um futuro e possível transtorno,
nascido de uma das fases "mal resolvida" do seu desenvolvimento.
E para que, segundo
Freud, um educador possa auxiliar na sublimação das pulsões parciais é preciso
que se tenha conhecimento de cada uma delas, suas características e
principalmente de que forma deve agir e que proposições deve fazer para que
aconteça este processo de sublimação. Como bem disse Freud, a tentativa de suprimir estas pulsões não só é
inútil como pode gerar mais danos futuros do que um desenvolvimento não satisfatório de alguma
destas fases.
Trabalho em uma
comunidade onde os pais nem sempre têm estudo ou conhecimento e onde vejo que,
com o pouco que já sei, posso auxiliá-los no entendimento destas fases e
processos por que passam seus filhos
Claro que algumas coisas
a vida ensina: no início do meu estágio uma monitora repreendeu de forma brusca
uma criança de 4 anos que se tocava, na época mesmo sem saber o que hoje sei
sobre esta fase da descoberta e do desenvolvimento das crianças, chamei a
atenção da monitora de que aquela não parecia ser a melhor forma de conversar
com a menina sobre isso; hoje, após estudar Freud, compreendo que eu estava certa.
É este conhecimento que traz a
possibilidade de estar sempre atenta aos fatos, e no momento em que estas fases
estão sendo construídas poder auxiliar na direção da energia que move estas pulsões a outros fins que não aos sexuais,
podendo assim propiciar a sublimação. Ponto este onde Freud depositou a
importância do papel do educador.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJaqueline, muito boa tua reflexão a cerca da contribuição de Freud para nós, educadoras. Há ainda muito o que se debater na educação para que seja possível avançar em questões que ainda são verdadeiros tabus. A questão da sexualidade, tão estudada por Freud nos dá uma base para compreender as crianças como sujeitos que precisam ser olhados e acompanhados em todos os aspectos. É necessário que possamos auxiliar nessa visão para colaborar com um desenvolvimento saudável e feliz como merecem.
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