Em junho de 2017, quando escrevia sobre a gestão
democrática nas escolas e traçava um paralelo com a política municipal da
época, ficava temerosa com o futuro da nossa educação sendo regida e dirigida
por pessoas que se mostravam ditatoriais; que viravam as costas para as
conquistas e todo o trabalho realizado até então, a respeito da gestão
democrática na nossa rede municipal de Porto Alegre.
Se tal reflexão fosse pedida nos dias de hoje, penso que
a primeira coisa que me ocorreria era sair correndo, isso se não acreditasse
como dizia nosso amado Quintana: “Que eles passarão e eu passarinho”. Os
últimos desmandos e desmontes feitos pela administração pública municipal não
só ferem a democracia estabelecida nas escolas da rede como destrói, ou tenta
destruir nossa crença, enquanto educadores; de que é sim, a partir e através da
educação consciente e crítica, que se construirá um bairro, uma cidade, um país
e um mundo melhor. Um mundo não colorido e sem problemas, mas um mundo onde
cidadãos saberão cumprir seus deveres, mas principalmente saberão lutar e
discutir sobre seus direitos.
Que nos mantenhamos firmes no propósito de sermos eternos
“passarinhos”, buscando uma escola onde todos sejam ouvidos e que estas escutas
não sejam somente respeitosas, mas construtoras.
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