A curiosidade e a
constante criação de hipóteses são a base que precisamos para, na Educação
Infantil, aprender brincando. Ops, nem sei por que grafei desta forma; por que
na verdade acredito que estes são fatores necessários para toda uma vida quando
se trata de aprender.
Noções de Matemática, Ciências e Estudos Sociais são
matérias primas e regras para jogos e brincadeiras, dirigidas ou não, dos quais
nossas crianças fazem uso desde a mais tenra idade.
A ludicidade caminha de mãos dadas com todos estes campos
de experiências.
Para jogar amarelinha é preciso que se controle a força,
bem antes de reconhecer ou nomear os algarismos do jogo, ou seja, a Física e a Matemática
lado a lado.
Quando em uma brincadeira de faz de conta crianças
reunidas ao redor de uma mesa de brinquedo celebram e distribuem pratos e
talheres coloridos, aí está a matemática e o termo a termo; e ao mesmo tempo a
repetição de cenas do cotidiano, do seu dia-a-dia, das suas vivências e
história.
Nas experiências de culinária, a mistura dos ingredientes
e os olhinhos curiosos observando o bolo crescer no forno. Lá estão as
vivências: "Minha mãe faz bolo pra mim!"; "Profê ta
crescendo!", lá está a Química.
Os questionamentos e as hipóteses construídas sobre isso
ou aquilo: De onde vêm os bebês? Por que a chuva cai? Profê, quanto é uma
dúzia? Com que letra escrevo "eu te amo"?
Dentro do osso tem minhoquinhas!, Nosso corpo não gosta
de milho!, Se você jogar no chão quebra!, Hoje tem mais meninos que meninas! Os
piolhos nascem nos cabelos!
Todos estes apontamentos nos levam a certeza de que
auxiliar as crianças na construção de seus conhecimentos envolve sim o ensino
das Ciências, da Matemática, das Relações Sociais, da Geografia, mas
principalmente envolve muita dedicação, amor e um "bocado" de aprendizagem
para nós professores. E fazer isso de forma prazerosa tanto para nós como para
os nossos pequenos.