domingo, 22 de outubro de 2017

Refletindo sobre igualdade!

         

          No curso de extensão: Diálogos sobre a educação para as relações étnico-raciais e a educação básica, em um dos módulos fomos convidados a refletir sobre esta imagem:



             Divido com vocês a reflexão feita por mim:


             Partindo do princípio que o objetivo dos meninos era ver o jogo e que todos tinham este mesmo direito podemos mesmo falar em duas concepções de igualdade? Que igualdade é esta onde não são respeitadas as diferenças dos sujeitos?
            Para que haja igualdade entre diferentes, há que ter equidade, propiciando situações onde os desiguais tenham o mesmo alcance. Para isto há que se utilizar recursos e ferramentas visando o benefício de todos.
            A justiça social se faz quando todos, equanimemente, usufruem de direitos universais. Pois, se há diferenças não há porque haver desigualdades. A busca do equilíbrio nas relações e oportunidades traz um referencial comum, onde todos se incluem.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Reflexão sobre "crocodilos e avestruzes"

A interdisciplina de Educação para Pessoas com Necessidades Especiais tem  me trazido vários momentos de reflexão, não só no que se refere a minha prática dentro de sala de aula, mas também uma reflexão além dos muros da escola.
As questões colocadas no texto  de Ligia A. Amaral são questões pertinentes a nossa vida como um todo. E nos fazem refletir sobre nossa conduta enquanto sujeito diante dos nossos “crocodilos” e nas nossas posições de “avestruz”. Por que, como a autora deixa claro no texto, crocodilos e avestruzes estão por todos os lados, mas acredito que é preciso que nós pratiquemos a autocrítica e a reflexão; e sejamos a primeira “água mole” para só assim poder difundir e compartilhar esta necessidade de derrubar, como diz a autora:  “o conglomerado constituído pelos saberes e fazeres cristalizados, que emanam de uma bem estruturada ideologia”, a pedra dura. (AMARAL,1998).
Replico aqui algumas partes do texto escrito por mim para a atividade do módulo 4 desta interdisciplina acreditando que estas demonstrem a minha compreensão sobre os conceitos estudados.
Com relação aos mitos:
[...] da correlação linear, e penso que este pode sim ser um dos mitos possíveis de serem propagados dentro da escola, podendo haver uma tendência a realizar uma experiência para um sujeito com uma deficiência e querer repeti-la com outro sujeito com a mesma deficiência, sem nos darmos conta que este segundo sujeito , apesar da mesma deficiência é outro sujeito. Estaríamos neste exemplo relacionando também o mito da generalização indevida, pois estaríamos estabelecendo a relação: deficiência igual, igual experiência, sem nos darmos conta do preconceito aqui edificado, apesar da “boa intenção”. (LEMOS, 2017)
         Quantas vezes já não nos pegamos tratando ou vendo como “heróis” alguma pessoa com deficiências que tenha conseguido diminuir suas desvantagens perante o meio. Exemplo de falas ou pensamentos como este, que acabam reforçando estereótipos, podemos observar, por exemplo, em competições para atletas deficientes.
Pode parecer cruel, mas: “Quem de nós pode afirmar que jamais teve um pensamento compensatório ao ter diante de si uma pessoa deficiente?” (LEMOS, 2017), representando assim um mecanismo de defesa da negação, quando esta diferença significativa, como nos diz a autora, causar mal-estar, tensão ou ansiedade?
Diante deste momento em que paramos para a leitura e compreensão de um texto, no meu pensar, tão denso como de AMARAL (1998) é hora de, como o texto nos sugere: refletir, retomar e principalmente fazermos movimentos para a “tomada de consciência, para o exercício da crítica”.

Referência

AMARAL, Lígia A. In: Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas/Coordenação de Julio Groppa Aquino. São Paulo: Summus, 1998.LEMOS, Jaqueline. Atividade Módulo 4, EPNEE, Moodle UFRGS.