domingo, 24 de abril de 2016

Menino lendo ilustração de conceito do livro educação — Stock Vector #53337967 A magia dos livros.


        A importância da literatura  na educação e na vida  é indiscutível.
        Na Educação Infantil, onde as crianças ainda não leem, esta importância não está  e  nem deve ser diminuída. Colocar as crianças não leitoras em contato com livros e portadores de texto é, sem dúvida, uma ação fundamental. Ler para uma criança em casa ou na escola é de suma importância para seu aprendizado.
       Na escola, a mistura das brincadeiras e brinquedos com os livros ajuda a despertar o imaginário das crianças e assim desperta também o interesse pelos livros. Livros com escrita, livros só de imagens, livros com imagens e palavras, todos são imprescindíveis neste despertar de curiosidade. Quanto mais lúdico for este contato com os livros, mais interesse há de despertar nas crianças.
       A forma como lemos ou contamos uma história para eles também  auxilia no despertar da curiosidade sobre o livro. Chamar sua atenção com belas figuras, uma contação emocionante, faz com que, ao final da história, todos queiram manusear este livro. E quantas vezes não observamos um pequeno grupo "recontando" a história aos colegas, utilizando-se dos gestos e trejeitos que o educador usa para fazer as contações?!
      Ouvir uma história faz com que a criança comente, discuta e questione sobre ela, assim ela vai criando interações com os colegas e percebendo que o livro é uma coisa prazerosa. Segundo Sandrini & Machado (1998):  "Os livros aumentam muito o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência da vida real".

      Imaginem se para nós, leitores adultos, um bom livro já desperta nossa imaginação, nos fazendo criar  cenários e idealizar personagens, às  crianças, que, ao nosso contrário,  ainda mantém todo seu poder "imaginativo" o que uma boa leitura não é capaz de despertar?!

domingo, 17 de abril de 2016

O brincar

          O brincar é importante em todos os momentos da nossa vida, pois está ligado a ações que nos despertam o  prazer.
         Na educação infantil, o brincar tem ainda maior importância, pois é através dele, com os jogos, o faz- de- conta, a fantasia, os desenhos e  as pinturas  que a  criança compreende o mundo a sua volta; é quando ela experimenta possibilidades, constrói suas relações sociais,  sua autonomia e organiza suas emoções construindo assim seus processos de aprendizagem.
         Segundo Vygotsky:
"No desenvolvimento, a imitação e o ensino desempenham
um papel de primeira importância. Põem em evidência as
qualidades especificamente humanas do cérebro e conduzem
a criança a atingir novos níveis de desenvolvimento. A criança
fará amanhã sozinha aquilo que hoje é capaz de fazer em cooperação.
Por conseguinte, o único tipo correto de pedagogia é aquele que
segue em avanço relativamente ao desenvolvimento e o guia; deve
ter por objetivo não as funções maduras, mas as funções em vias
de maturação". (Vygotsky, 1979:138).
         Quem de nós já não fez um belo planejamento envolvendo uma das áreas do conhecimento como: a matemática, natureza e sociedade, linguagens, etc. e no meio da realização daquela atividade bem planejada, como por exemplo, colar bolinhas coloridas na carapaça da joaninha, uma ou duas crianças olham para você e perguntam:
          "Profi, pode brincar depois?"  - você olha e se dá conta que aquela atividade bem planejada e até divertida nunca será vista por eles como uma brincadeira; e você pensa: Como vou trabalhar a construção do número, ensiná-los a reconhecer algarismos, a contar?
         Fácil...  na próxima vez planeje um belo jogo de amarelinha, um jogo de Mamãe posso ir?
         Durante as brincadeiras, além de desenvolver suas habilidades motoras eles irão descobrir a matemática.


domingo, 10 de abril de 2016

Caderno de registro

Caderno de registros

         Este ano, por escolha, optei por um JB2.  A mesma turma, ou ao menos 80% dela, composta pelo primeiro maternal 2 (2014) em que fui professora.
         No início, achei que só a mudança de nível seria novidade,  afinal as crianças  eu já "conhecia".  No começo do ano, ainda em processo de (re)construção do vínculo, algumas propostas e planejamentos não estavam dando muito certo, então resolvi fazer uma pesquisa no meu antigo caderno de registros.
         Rever  todas as anotações, observações, anseios, fazeres e refazeres daquele ano e também recorrer  às observações e anotações da colega que ficou com a  turma no JB1.
         Como nos diz Zabalza sobre o caderno de registros:

"Eles podem ser documentos pessoais para
descarregar as próprias tensões; um instrumento
 de observação, que sirva de espaço para documentar
as situações  interessantes que ocorrem em classe;
 um dispositivo que auxilie no planejamento do trabalho
 do professor  com  o projeto educativo em vigor;
ou um recurso de investigação para analisar
os dados que se queira estudar".

         O registro consiste em um diário exercício de observar e narrar as ações, falas e experiências das crianças.
         E o resultado deste registro é uma rica fonte de informações no momento em que são elaborados os relatórios individuais das crianças.
         Mas,  o importante deste registro não é ou não deveria ser somente a fonte de dados para as avaliações; e sim uma bússola de como está nosso trabalho e nossas ações em sala.
         Utilizar este registro para a avaliação de nossa prática é sem duvida uma constante busca do nosso ( re) fazer pedagógico.
         Quero destacar a importância que comprovei do caderno de registros, como documento pedagógico vivo.
         Este recorrer aos antigos cadernos me deu subsídios para (re)fazer e (re)pensar algumas práticas que não estavam dando muito certo.