domingo, 30 de agosto de 2015

Texto reflexivo sobre portfólio




Montar um portfólio é muito interessante,  é o retrato vivo de uma aprendizagem. A cada final de semestre monto o de meus alunos, pois  é uma forma de demonstrar aos pais tudo que seus filhos aprenderam e descobriram. Diariamente monto meu caderno de registro, onde tudo que se passa em sala, das atividades às descobertas das crianças é registrado, fotografado, curtido.
Mas me questiono: por que foi tão difícil fazer o meu próprio portfólio, se houveram tantas atividades e aprendizagens?
Mas, prometo: 2015/2 será diferente.  Terei um pouco mais de organização e disciplina. Até por que, no final do semestre, percebi que se ao longo do tempo tivesse registrado de forma sistemática todas as aprendizagens que fui adquirindo, montar o texto final poderia ter sido menos sofrido nos quesitos: O que vou escrever??? Será que isso que escrevi é o correto ou o adequado???
Mas vamos lá: novo semestre, velhas promessas  e com certeza novas aprendizagens que se unirão às antigas para que ao final do semestre se possa dizer: Aprendi mais um pouco e agora registro tudo!

Texto Reflexão sobre workshop





     

            A  perspectiva do workshop a princípio chegou a ser assustadora. Além da escrita do relatório que não parecia ser uma coisa fácil apresentá-lo e defendê-lo em 10 min. se desenhava como o quadro da dor. Iniciar o relatório foi difícil; buscar e passar para o papel as aprendizagens, as emoções e temores parecia naquele momento algo impossível.
             No mínimo três grandes começos de escrita que foram parar no lixo. Até que finalmente engrenou. Era baixar a cabeça, abrir o coração e escrever. Texto escrito e aprovado. Vamos embora fazer o Power Point. Fácil resumir toda a escrita em imagens significativas; foi consideravelmente fácil.
            O problema vinha depois: ir à frente da turma apresentar e defender. No início tremedeira, preocupação principalmente com o tempo quanto ao conteúdo sem problema afinal ali estavam descritas todas as emoções do primeiro semestre. Mas veio o grande dia ...nervosismo, preocupação.
            A apresentação das colegas, ao invés de aliviar deixava mais tenso...algumas claramente conseguiram seu objetivo, outras não O pensamento era: como sintetizar, ficar tranquila e objetiva em 10 minutos, deixando de lado o nervosismo? Chegou a minha vez, nos primeiros segundos; tremedeira geral, tudo o que deveria e queria dizer estava ali...só não achava e o relógio correndo. Dois minutos e já estava mais tranquila, o texto fluía, as imagens, particularmente bem escolhidas, davam ao público a ideia geral do contexto; quando ergueu a placa de 3 minutos pensei...ainda faltam falas e slides???? Dará tempo?            Será que atingi o objetivo de mostrar às colegas tudo que foi planejado? E o tempo terminou caprichosamente junto com minha fala e a apresentação das imagens.         Chegou ao fim...alívio, nervoso e já apontadas as considerações para o próximo: manter a calma, procurar manter o foco e objetividade, lembrar que o workshop ao final mostrou ser uma colcha de retalhos onde se costura com carinho tudo aquilo que significou aprendizados no semestre.
            Autodica: manter apontamentos durante todo o semestre, apontamentos gerais sobre tudo para, ao final, selecionar o que teve mais significado e montar um belo texto que traduza tudo isso.

Texto reflexivo sobre as aprendizagens do semestre



            As aprendizagens deste primeiro semestre foram muitas e de fontes variadas. Uma das primeiras coisas aprendidas é de que sim, eu sou capaz: capaz de recomeçar a estudar 20 anos depois, capaz de conseguir recolocar os ponteiros dos relógios rodando a meu favor, não controlar mas, aprender a manipular o tempo a meu favor.
            Nas questões que envolvem as disciplinas, ter convivido com a interdisciplinaridade existente entre elas dá a real noção de que sim é possível e gratificante trabalhar de forma a que todas as disciplinas se relacionem aumentando as possibilidades de aprendizagem.
Muitas vezes, por trabalhar com Educação Infantil, tive dificuldades de relacionar os textos e filmes com a prática que vivo, mas neste momento as discussões com os colegas, tanto presencial como online, me deixaram ver uma realidade diferente da minha, mas presente em muitas escolas.  A intensa busca do professor em encaminhar seus alunos para que tenham uma visão crítica de si e do meio, começa com certeza na Educação Infantil de uma forma diferenciada é verdade, mas é lá aonde o desenvolvimento das crianças vem pautado nas habilidades físicas, afetivas, cognitivas e nas relações intra e interpessoais.
A leitura que esta criança vai fazer do mundo, vem deste desenvolvimento, tendo na expressão corporal a sua integração social. Um ambiente físico e social que transmita segurança faz com que estas crianças fiquem seguras para enfrentar seus desafios, e estes desafios acabam proporcionando que eles se conheçam, conheçam o outro e o meio, contribuindo também para que desenvolvam habilidades como criatividade e autonomia.
           Na Educação Infantil, na faixa etária com a qual trabalho, não se pode falar em dispersão e foi através dos relatos das colegas que tentei entender a dispersão nas etapas pós Educação Infantil  e percebi que muito da chamada "dispersão" vem da forma não globalizada com que muitas vezes o currículo escolar é trabalhado.
            Penso que, ao nos apropriarmos verdadeiramente dos métodos globalizados e dos enfoques globalizadores como  balizadores do ensino e da aprendizagem, conseguiremos retomar alguns destes pontos perdidos na educação e talvez consigamos resgatar o ensino como o "desenvolvimento de todas as capacidades do ser humano para intervir na sociedade".

            De uma forma geral foram muitas as aprendizagens