terça-feira, 22 de setembro de 2015

Hoje resolvi postar um texto/resposta a um questionamento da interdisciplina de Infâncias 0 a 10.  
E admito ... é por orgulho 
Mostrei a uma amiga que me disse: " Menina, estás começando a expressar teus questionamentos. Este é o bom começo!" 
Confiando nela lá vai meu texto:



                                     
 
                                              Conceito de infância!

Juro que, quando foi dada esta tarefa, pensei... vai ser fácil conceituar infância.
Quando  se fala em infância a primeira imagem que nos vem à cabeça, geralmente, é de uma criança e assim lembrei-me de um poema da Anita Wadley – Apenas brincando – poema lindo que para mim é o retrato da infância: Época de descobrir, experimentar, aprender, de ter fantasias e vivê-las, de ser curioso,  de acreditar que tudo que tentar vai dar certo, de ser médico em um segundo e escafandrista meio segundo depois, de conversar com o mundo e com os amigos ocultos,  enfim:  Tempo de aprender e (se) (re)construir BRINCANDO, e tempo de ser respeitado nas suas vivências e aprendizagens.

Barbada né? Isso é infância!  Isso é ser criança!

Pois é, depois fiquei pensando: Essa é ou deveria ser a infância e a criança que nela vive; nela se constrói, se constitui e dela desfruta, e ai não importa se é a criança que eu fui  que fazia barro virar foguete e latinhas de manteiga, carros de Formula 1; ou se é a infância de meus sobrinhos, onde o Tablet substitui o barro e jogam King of Speed – 3D no Ipod.


Mas ai veio o pensar: E quando esse “conceito” não é a realidade?  Deixa de ser infância? Deixa-se de ser criança?  O que é (o) ser criança? Todas as crianças são iguais (em conceito)? Todas as infâncias são iguais? Toda criança tem infância?


Para responder estas perguntas busquei as teorias e documentos da atualidade que defini:

Criança: Ser  real e concreto. Ser único. Ser que pensa. Ser que constrói conhecimentos a  partir das interações com o meio. Sujeito ativo construtor da sua história. Ser com direitos de ser protegido, educado, alimentado, de desenvolver-se físico, mental, moral, espiritual e socialmente. Ser cujos direitos devem ser garantidos pela família, sociedade e o governo. Um espaço de tempo determinado entre o nascimento até os 12 anos de idade.
 

Infância: Construção social que se constitui pelas variadas intervenções do meio em que se encontra o ser criança. Tempo e espaço onde este ser criança está inserido. É o presente, é o produzir cultura ao mesmo tempo em que se é produto dela.
 

Estes são os significados sociais ( aceitáveis, pretendidos ) do ser criança e do viver infância, mas se a infância se constrói das aprendizagens absorvidas do meio e da cultura nos quais se vive; qual infância conceituar? A das nossas teorias? A dos  nossos desejos? Ou as diversas infâncias construídas e constituídas  de meios e culturas não padronizadas, como aceitáveis ou pretendidas?
E me pergunto, no nosso papel de educadoras como trabalhar em meio às tão diversas infâncias?
Como, enquanto educadora, auxiliar estas crianças a viverem “suas” infâncias? Como fazê-las experimentar e vivenciar esta comunicação com o mundo de forma a que constituam e construam sua identidade, sua singularidade e seu fazer histórico-social?


Um comentário:

  1. Olá! Excelentes reflexões em relação ao tema infâncias! Devemos aprofundar essa discussão fazendo a reflexão que proporcionou e compartilhou. São diversas infâncias em contextos espaciais - na escola podemos notar essas diferenças e devemos trabalhar para o respeito a diversidade e ao desenvolvimento de uma infância com ludicidade. Att Glauber Moraes Tutor EAD - Seminário Integrador II PEAD-UFRGS.

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