segunda-feira, 30 de maio de 2016

Avaliação

Avaliação

  É chegada a hora, não de iniciar as avaliações, mas sim de começar a compilar todos os registros e apontamentos feitos até então em um relatório de acompanhamento individual.
  É quando se trabalha com uma avaliação onde o mais importante é a continuidade; o  observar diário do aluno em toda sua integridade, sua capacidade cognitiva, motora, suas relações interpessoais e suas construções. Uma avaliação onde o aluno é acompanhado desde seus processos de adaptação ou readaptação, onde os pais são (re) apresentados ao projeto iniciado pela turma.
  Este relatório deve ser o raio-X da participação da criança em sala, de suas preferências no brincar, nas experiências propostas. É nele que o educador deve relatar sua observação sobre  oralidade, grafismo, corpo, movimento, noções matemáticas, conhecimentos e saberes sobre  a natureza; enfim o cotidiano da criança deve ser relatado neste relatório.
  Este relatório acaba se consolidando, não na avaliação do aluno, mas sim, no fundo, na avaliação do fazer do professor; pois para chegar à observação, este professor, consciente da sua posição de mediador, já deve ter a muito tempo avaliado cada uma das suas proposições às crianças, na sua prática de sala de aula.
  Então, na verdade, este é um relatório que espelha a criança, mas sobre tudo reflete no fazer do seu professor.

  Pretendo não sumir neste tempo... Afinal, além de avaliar o meu fazer pedagógico em sala, devo também avaliar o meu fazer como aprendiz. 

domingo, 22 de maio de 2016

Notícias

Estou de volta!

             Estive ausente por duas semanas, mas tenho lá minhas justificativas... Ai de mim se não as tivesse!!!
            Nestes últimos 15 dias eu passei por duas experiências bem distintas: uma lombalgia aguda, que me impediu de sentar mais que 10 minutos enfrente ao PC, e o prazer e surpresa em ter um artigo aceito em uma revista. Aí, já viram né? Vai texto, volta texto para correção, vai texto, volta texto para complementação, e eu mal podendo escrever duas linhas sem chorar de dor.
           Mas, a partir de amanhã isto terá passado e estarei de volta à vida normal! Na semana não cumprirei o combinado de uma postagem por semana, pois duas se passaram e não tem volta, mas vou procurar duplicar as postagens nas próximas.
          Meu artigo, aceito pela revista, era sobre um projeto que desenvolvi na escola em 2014, aliás, vale dizer meu primeiro projeto enquanto professora da Educação Infantil.
         Encaixou direitinho com o que estamos vendo em Seminário III, última aula presencial.
         Meu projeto desenvolvido para um Maternal 2B se enquadra dentro dos projetos de aprendizagem, estudados e debatidos no PEAD.
         Foi a princípio um projeto que partiu da observação de algumas necessidades apresentadas pelos alunos enquanto grupo, e algumas particularidades.
        O planejamento das experiências tinha, a priori, um rumo, uma determinação minha, como ponto de partida, mas depois foi se adequando e se desenvolvendo junto com a turma, suas curiosidades, suas indagações  e saberes anteriores.
         Durante todo o desenrolar do projeto, fui a mediadora, a orientadora das experiências propostas por mim e das propostas de experiências levantadas pelas crianças, durante as suas descobertas.
         Ao final do semestre pudemos avaliar que a problematização, levantada no início do projeto, foi plenamente respondida. Havíamos alcançado nosso objetivo enquanto educadora, e com certeza as crianças tiveram sua curiosidade despertada em suas experimentações.
         Apesar de ser um Maternal 2, onde a pouca idade aparentemente pode trazer preconceitos de que não venham compreender, questionar ou levantar hipóteses pude testemunhar que isso é um equívoco. Os saberes demonstrados por eles no início do trabalho vieram a somar às novas descobertas e isso de uma forma prazerosa, tanto para mim como para cada um deles.
         Nosso projeto tinha por tema principal os cinco sentidos, tema que muitos podem achar " batido" dentro da educação infantil, e creio pode sim, fazer parte daqueles "títulos" que muitos guardam na gaveta como uma aposta liquida e certa.
       Só que o enfoque e as experiências propostas tiveram um diferencial, que chamou a atenção não só das crianças, como o seu resultado chamou a atenção da coordenação da escola, que sugeriu o envio do relato do projeto a uma revista. E cá está o resultado... Negociando, revisando, ajustando para a concretização da edição.
        Até a publicação, não devo tornar público nenhuma parte do projeto, mas assim que ela for liberada, posto aqui um relato sucinto do mesmo.
        Esta de hoje não será uma postagem padrão, com todos os quesitos que deveria ter; sou ciente disso, mas no momento todos os meus aprendizados estão voltados para a conclusão do artigo.

domingo, 1 de maio de 2016

Música : encantamento e diversão




              Quando paramos para pensar na fala da primeira aula de música e nos detemos a observar a nossa volta, percebemos o quanto de verdade há nos dizeres que a música está presente em todas e nos mais diversos momentos da nossa vida.
Sempre que há uma música tocando, ao menos viramos a cabeça para ver o que está acontecendo, pois se há música há algo acontecendo.
              Nossa primeira aula de música foi bem divertida, muitas pequenas músicas foram apresentadas e curtidas pela turma. No outro dia, durante a hora do pátio pude ver que também as crianças se divertiram muito com as novas músicas aprendidas.
              Estava eu no pátio, quando duas crianças se desentenderam, enquanto consolava  uma delas, lembrei-me da aula de música e disse: "Olha o que a profe aprendeu ontem"! E comecei a cantar ( juro que não  me lembrava da letra, mas improvisei) e a fazer os movimentos ritmados de uma das músicas. Mão na cabeça, no peito, palmas e estalos de dedo.
              Quando vi o menino que chorava, ria e me acompanhava na música e movimento. Daqui a pouco um olhava  e se agregou; depois outro, e outro...  Quando me dei conta, estávamos em uns 15. Cantando, se movimentando e principalmente nos divertindo entre as crianças; as da minha turma e da turma do outro JB.
               No final do pátio, minha colega da turma paralela, que só ficou olhando, não veio participar; questionou-me que brincadeira era aquela que eu fiz com as crianças, aí expliquei que era uma música que havia aprendido na aula do dia anterior e que nem lembrava direito a letra, mas que mesmo assim deu pra divertir as crianças. Aí, ela me falou que o que chamou a atenção dela era que estavam todos bem compenetrados e com cara de feliz.
               Pois é, a música, mesmo quando se esquece da letra, diverte e faz bem.
               E falando em música e nos sentimentos que ela desperta, hoje faz 22 anos que morreu um dos meus poucos ídolos: Airton Senna.  E há quem se esqueça da música que acompanhava e acompanha a vitória dos brasileiros nas transmissões de F1? A música não foi composta para ele, mas para animar as transmissões da Globo, e com a morte dele passou a ser "A música do Airton", mesmo quem não viveu aquela época, nunca assistiu a uma corrida de F1, quando escuta a música liga ao nome dele, mesmo sem saber de quem se trata.

                Então viva a música que sempre traz uma lembrança, uma alegria, um sentimento.