domingo, 14 de maio de 2017

Quando a nomenclatura assusta!

Quando a nomenclatura assusta!
            Quando no terceiro semestre da interdisciplina  de seminário III estudamos sobre projetos, ficaram claras as diferenças ali apresentadas entre PE e PA. Na época ficou claro para mim diante da literatura apresentada que sim, mesmo que em todas as suas características e processos eu não realizasse um projeto de aprendizagem, com certeza meu trabalho não era um projeto de ensino conforme se apresentava.
            Acredito que minha prática em sala de aula, uma turma de Maternal 1, se encaixe dentro daquilo que ZABALA define como método globalizado. Na escola onde trabalho somos incentivadas a construir projetos que envolvam as crianças, ou seja, projetos que nasçam dentro da sala a partir das observações e conversas com as crianças e com as suas participações. Projeto onde, a partir do tema principal, problematizamos e buscamos  descobertas e respostas.
            Dentro do trabalho com o projeto proporcionamos às crianças experiências que as levem a descobrir suas próprias respostas. São incentivadas a fazerem descobertas a partir da manipulação, da experimentação e da observação usando em um primeiro momento, os conhecimentos que já possuem dos objetos e materiais que lhes são ofertados.
            Mas, quando mostrei meu projeto para professora Liliana (PAA),  juro  que levei um susto quando ela olhou e o classificou como um projeto de ensino; logo me  veio à cabeça aquele formato engessado e sem vida que me  pareceu ser um projeto de ensino descrito em SI III, e nas leituras de BECKER em modelos pedagógicos e modelos epistemológicos.  
            Passado o choque e após uma (re) leitura da teoria  apresentada neste semestre compreendi, ao menos espero, que a classificação do meu projeto  como "de ensino" não vinha do formato rançoso apresentado por  BECKER, mas sim, da visão  de ZABALA (La práctica educativa. Cómo enseñar)  de um método globalizador nomeado de Projeto de Kilpatrick onde  apesar de ser globalizador, onde por definição a presença e o interesse  das  crianças  estão acima de tudo, fui eu, como educadora, que decidi o tema e defini propostas de experiências visando atingir objetivos; por estes fatores, sim, meu projeto seria um projeto de ensino.



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