terça-feira, 14 de novembro de 2017

Piaget e os pequenos

         
              Quando na Educação Infantil, principalmente dos zero aos três anos, se tomam por base as teorias Piagetianas, podemos perceber quão rico e significativo pode se tornar nosso trabalho.
            Ao entender a construção do conhecimento dos bebês nos sentimos aptos a planejar ações e experiências que lhes proporcionem cada vez mais o desenvolvimento da sua inteligência prática.
            A cada leitura e procura por entender mais e melhor sobre a fase sensório motor, mais me sinto capacitada para minha prática pedagógica com os pequenos.
            Ter clara a importância da construção da noção de objeto nos permite propor experiências que levem as crianças a desenvolverem o sentido de objeto permanente, o que em um primeiro momento auxilia na sua adaptação da escola, pois aprendem que a mãe/familiar vai embora, mas volta.
            A construção das noções de espaço e tempo é crucial para o desenvolvimento futuro, bem como a diferenciação entre meio e fins que permite a nova organização da inteligência.
            Vejo neste ponto a importância cada vez maior sobre a epistemologia genética, pois só a partir destes pressupostos podemos entender e mediar a construção do conhecimento de nossos bebês e das crianças ainda sem o domínio da fala, pois podemos com elas perceber e saber observar suas ações e com isso perceber suas necessidades e desejos, podendo desta forma cada vez mais auxiliar e contribuir com o seu crescimento.
            Construir a noção de objeto nesta fase permite às crianças em uma nova fase (pré-operatória) pensar um objeto através do outro. Reconhecer-se, por exemplo, na brincadeira do espelho é um avanço de uma fase para outra e ela se torna mais significativa quando conseguimos fazer com que os bebês consigam pensar o mundo através das imagens.

            Todas estas etapas vão convergir para uma aprendizagem que passa da inteligência prática para a inteligência representativa.

Um comentário:

  1. Olá Jaque!
    Li esta postagem depois da publicação do dia 15/11 e vejo que as duas se complementam, mesmo que isso não esteja explicitamente identificado em tua escrita.
    Neste caso, minha sugestão de complementação da postagem anterior esta parcialmente atendida com esta postagem. Na minha percepção, tu poderia ter feito uma articulação entre os dois textos, fazendo relações claras entre a teoria e tua experiência com os bebês no teatro.
    Abraço,
    Cátia
    Tutora Seminário Integrador

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