sábado, 18 de maio de 2019


Penso ao reler a postagem  que analiso agora: escrever baseada na teoria é bem mais fácil escrever sobre o fato vivenciado.
No inicio deste ano foi informada pela direção da escola que iria receber uma criança laudada com Altas habilidades, claro que bateu um medinho. Corri para reler todos os textos da interdisciplina de Educação de pessoas com necessidades educacionais especiais além de buscar outros referenciais que me auxiliassem no trato com esta criança.  O primeiro passo foi ler o laudo do especialista e ver se a partir desta leitura eu pudesse identificar por onde começar os estudos e possibilidades.
Admito que as leituras foram bem esclarecedoras, mas nem se comparam ao fato de conhecer a criança e sua família, durante a entrevista que diferentemente das outras durou certa de 1h30min, mas principalmente de conhecer e conviver diariamente com ela.
Em um primeiro momento, a partir das informações dos pais e na observação inicial das características apresentada pela criança, baseada nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foram definidas as primeiras estratégias de trabalho.
Passado alguns dias, reunimos a equipe para refletir sobre o que havíamos planejado. Com a verificação dos registros de cada uma das quatro educadoras da turma tivemos o seguinte cenário: a criança tem um vocabulário avançado e riqueza verbal é independente e autônoma,possui uma grande criatividade e imaginação, tem boa memória e curiosidade aguçada, habilidade para lidar com situação imaginária entre outras especificidades. A família enaltece, mas ao mesmo tempo cobra comportamento em relação a  sua condição de altas habilidades.
Mas também chegamos à conclusão que esta criança não sabe brincar, o que nos deixou bastante preocupadas, pois nesta idade, 4 anos, sua grande preocupação ao invés de falar corretamente o português deveria saber brincar. E é esta agora nossa nova estratégia: fazer com que esta criança aprenda a brincar e interagir com seus pares.



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