quarta-feira, 10 de abril de 2019

Eles passarão... nós passarinhos


    




     Em junho de 2017, quando escrevia sobre a gestão democrática nas escolas e traçava um paralelo com a política municipal da época, ficava temerosa com o futuro da nossa educação sendo regida e dirigida por pessoas que se mostravam ditatoriais; que viravam as costas para as conquistas e todo o trabalho realizado até então, a respeito da gestão democrática na nossa rede municipal de Porto Alegre.
     Se tal reflexão fosse pedida nos dias de hoje, penso que a primeira coisa que me ocorreria era sair correndo, isso se não acreditasse como dizia nosso amado Quintana: “Que eles passarão e eu passarinho”. Os últimos desmandos e desmontes feitos pela administração pública municipal não só ferem a democracia estabelecida nas escolas da rede como destrói, ou tenta destruir nossa crença, enquanto educadores; de que é sim, a partir e através da educação consciente e crítica, que se construirá um bairro, uma cidade, um país e um mundo melhor. Um mundo não colorido e sem problemas, mas um mundo onde cidadãos saberão cumprir seus deveres, mas principalmente saberão lutar e discutir sobre seus direitos.
     Que nos mantenhamos firmes no propósito de sermos eternos “passarinhos”, buscando uma escola onde todos sejam ouvidos e que estas escutas não sejam somente respeitosas, mas construtoras.





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